Ensinar seu filho a controlar suas emoções é um processo longo, mas que é muito recompensador. A maneira mais fácil de conseguir a colaboração do seu filho é iniciar dando um bom exemplo na maneira como você se comporta em relação a ele e aos outros. Seu filho espera por você lições sobre como se comportar.
Em primeiro lugar, vale a pena ser realista sobre o que esperar dele. Aceite que seu filho provavelmente não estará pronto para agir com colaboração na maioria das vezes antes de atingir a idade escolar. É também improvável que você receba uma resposta respeitosa quando sugere que é hora de deixar o parque infantil, por exemplo!
Saber trabalhar isso por meio da disciplina positiva é um dos melhores caminhos para conseguir a colaboração dos pequenos de forma leve, com gentileza e firmeza ao mesmo tempo.
Até os quatros de idade, as crianças ainda não desenvolveram plenamente suas habilidades emocionais. E isso causa dificuldades em se comportarem em contextos específicos.
Por isso, pare de pensar que seu filho faz escolhas ruins. Na verdade, são apenas habilidades que ainda não foram trabalhadas. Pense na criança como se ela tivesse um problema não resolvido e não tivesse as habilidades para a solução. Nos dias atuais, sabemos que gritos, palmadas e xingamentos são péssimas opções para conseguirmos a colaboração dos pequenos.
Quando chega aos três anos, seu filho pode ter imaginado que deve tratar os outros de certa maneira. No entanto, ele ainda está aprendendo a ver as coisas do ponto de vista deles.
Entre os três a quatro anos, a linguagem e a empatia de seu filhos estão se desenvolvendo rapidamente. Por volta dessa época, ele pode começar a fazer a conexão entre seu comportamento e o efeito que tem nas outras pessoas ao seu redor.
Assim que ele perceber isso, provavelmente começará a testar os limites, para ver o que acontece. Isso é perfeitamente normal e um passo importante no caminho para a independência.
Dar poder de escolha às crianças faz elas aceitarem mais facilmente determinadas situações. Por exemplo, seu filho está no meio de uma brincadeira, e você diz a ele que é hora de tomar banho. Imediatamente ele dirá não.
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Na disciplina positiva, existem várias estratégias que podem ajudar nesses momentos de comportamento desafiador! E uma das mais eficazes é dar a criança o poder de escolha. Ao invés de dizer que é hora de tomar banho, experimente usar “está na hora do banho! Você quer ir pulando como um coelhinho ou montado de cavalinho na mamãe?”
Como pode ver, você não está dando uma ordem, mas sim uma opção de escolha. Isso transforma um momento tenso em uma oportunidade de brincadeira e conexão entre você e seu filho.
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Praticar o autocuidado é outro ponto vital no processo de se conseguir a colaboração do seu filho de forma leve e com gentileza. Quando você está em paz consigo mesma, vai ser mais difícil você sair do seu controle e perder a paciência. Lembre-se sempre que você é o adulto na situação, e que deve pensar antes de agir.
Essa é a melhor forma para entender o que é mais adequado para a situação é agir de forma que nem você e nem seu filho saiam tensos e estressados. Isso pode ser feito com coisas simples como se permitir ter um tempo para si mesma, tomar um banho demorado, fazer uma caminhada, delegar as tarefas com os filhos por algumas horas.
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Equilíbrio emocional, atenção, apoio e carinho são as chaves principais para conseguir a colaboração dos pequenos em qualquer situação. Entender isso pode ajudar você a lidar com essas situações inevitáveis de uma forma muito mais saudável, transmitindo compreensão, amor e gentileza para seu filho, sem deixar de dar limites.
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Essa técnica de como conseguir a colaboração do seu filho, entre tantas outras, você encontra no nosso curso “Voa, meu amor! – Como colocar limites sem cortar as asas”.
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[…] Deixe seus filhos fazerem coisas sozinhos […]
[…] Ter tarefas e responsabilidades também dá às crianças uma sensação de controle sobre suas vidas. E em uma época em que as coisas são imprevisíveis, ter responsabilidade sobre pequenos trabalhos em casa pode ajudar muito a construir confiança e resiliência. […]